Teste: Audi Q5 é primeiro híbrido da marca no Brasil que entrega 367 cv e parte de R$ 413.990 | Testes

Eis que agora a alemã traz ao Brasil seu primeiro híbrido plug-in na roupagem do Q5 em versões SUV e Sportback, a carroceria com caída de teto ao estilo cupê – esse das fotos. Segundo a Audi, “o mercado pediu” um híbrido. Mas parece um retrocesso em relação a algo que parecia estar muito bem definido.

Mas isso não tem absolutamente nada a ver com o carro. O Q5 híbrido tem muitas qualidades que fazem dele uma ótima opção entre os concorrentes: ele é repleto de tecnologias para economizar energia, tem desempenho afinado e é bastante confortável.

A primeira coisa que se nota é a nomenclatura diferente na traseira: TFSIe. Isso significa que o SUV combina o motor turbinado 2.0 TFSI de 252 cv e 37,7 kgfm, que por si só já entregava uma performance bem equilibrada nas versões apenas a combustão, a um elétrico de 143 cv e até 35,7 kgfm. Juntos, entregam uma potência de 367 cv e 51 kgfm de torque combinados. O câmbio é automático de sete marchas.

Isso se traduz no melhor dos dois mundos, já que ele tem todo o vigor de um carro elétrico nas arrancadas, é econômico (a Audi não divulgou o consumo, mas de acordo com dados da Alemanha ele chega a rodar até 55 km/l) e não causa a chamada “range anxiety”, ou algo como ansiedade de alcance, um dos grandes entraves para a aceitação dos carros elétricos pelos brasileiros – além do preço, é claro. Mas como todo híbrido, requer dois tipos de manutenção, do sistema térmico e do elétrico. Não que isso seja muito problemático para donos de carros de quase meio milhão de reais.

Ao volante, o Q5 híbrido surpreende pela delicadeza na condução em baixas velocidades ao rodar silenciosamente na cidade e pela suspensão macia, que absorve com muita competência as imperfeições do asfalto. No modo elétrico, a autonomia varia de 56 km a 62 km e a velocidade máxima é de 135 km/h.

Quando é preciso acelerar, ele também não é nada tímido, mas com a ajuda da tração integral quattro, se mantém grudado no asfalto e contorna curvas como se estivesse sobre trilhos. Segundo a Audi, o SUV chega aos 100 km/h em bons 5,3 segundos e atinge 210 km/h de máxima, limitada eletronicamente.

Para auxiliar na economia de combustível, o carro tem quatro diferentes modos de operação que são acionados automaticamente para aumentar a eficiência, gerenciando o consumo de energia dos motores elétrico e a combustão, mas também podem ser selecionados pelo motorista. Tudo depende da forma de dirigir de quem vai atrás do volante e do trajeto escolhido.

Tanto o SUV quanto o Sportback serão oferecidos nas versões Performance ou Performance Black, totalizando quatro opções (com os mesmos equipamentos, o que muda é a carroceria). Na lista da primeira há painel de instrumentos digital – o já conhecido Audi virtual cockpit – com tela de 12,3 polegadas, central multimídia com conectividade para Apple CarPlay e Android Auto, ar-condicionado de três zonas, faróis full-LED, teto solar panorâmico, controle de cruzeiro adaptativos com aviso de saída de faixa, câmera de ré, pacote de luzes internas personalizável com 30 cores e rodas de 19”.

Já a segunda inclui pacote exterior com acabamento preto brilhante com pintura contrastante, Audi side assist com exit warning (sistema que usa radares manter o carro na faixa de rodagem com aviso de luzes de alerta nos retrovisores), Audi pre sense traseiro com assistente de tráfego reverso (que avisa o motorista sobre carros no ponto cego na traseira e chega a frear o veículo em caso de colisão iminente), revestimento de teto preto, memória para o banco do motorista, volante multifuncional de três raios e base aplanada e acabamento interno preto brilhante.

Importado do México, o Q5 híbrido teve sua pré-venda anunciada em lote inicial de 300 unidades. Os preços partem de R$ 413.990 (veja quanto custa cada uma das quatro versões abaixo) e já incluem um carregador doméstico.

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