O S60 da Volvo consegue equilibrar conforto, eficiência e sofisticação. São duas versões para o mercado brasileiro. Testamos a versão híbrida, T8 R-Design. Vale ressaltar que a Volvo não tem mais veículo somente a combustão, pois todos os modelos passaram a ser híbridos ou totalmente elétricos. Na versão avaliada, são 407 cavalos de potência no sedã e preço sugerido de R$ 314.950, mas também tem o Polestar, versão top das tops, que passa de R$ 350 mil. A escolha de modos de direção deixa o motorista bem à vontade.  

O carro vem configurado para andar sempre na versão híbrida, que dependendo da situação usa os dois motores, o elétrico e o a combustão, mas também pode escolher o modo individual, que pode ser configurado de acordo com suas necessidades. Há também a escolha “mais mansa”, chamada de “pure”, que vem configurada para melhor eficiência em consumo, e o último modo, o “performance”, que é somente focado em alto desempenho.  

Vale frisar que o Volvo tem tração AWD, predominantemente dianteira, mas, dependendo da situação, distribui para as 4 rodas, ou melhor ainda, somente traseira quando está andando unicamente com o motor elétrico.  

O interior foi moldado de acordo com suas necessidades: tecnologias integradas de fácil utilização e sensação de bem-estar o tempo todo. O Pilot Assist trabalha para te ajudar a permanecer dentro das faixas de rodagem e manter distância do carro da frente, de acordo com suas preferências, virando o volante automaticamente nas curvas. De fato, funciona muito bem, pois a ideia não é dirigir sozinho, mas proporcionar melhor experiência para o motorista, evitando estresse e insegurança em trânsito mais intenso. Apesar de a marca ser sueca, esse modelo é o único que vem dos Estados Unidos, superando os seus rivais em desempenho e equipamentos.

Tecnologia e segurança

A Volvo nunca escondeu que segurança vem em primeiro lugar e todos os modelos da marca têm muita tecnologia, como elementos de direção autônoma. Os faróis de LED são excepcionais e não ofuscam motoristas à frente ou no sentido contrário. Ele possui bancos anatômicos com regulagens diversas, incluindo lombar e prolongamento dos assentos dianteiros e apoios laterais para as pernas. Motorista e passageiro da frente têm o mesmo tratamento no bem-estar.  

O S60 T8 R-Design tem freio automático e assistência na direção para evitar colisão com veículo em sentido contrário com manobras evasivas. Funciona entre 50 km/h e 100 km/h e ajuda a evitar colisão também contra ciclista, pedestre ou animal de grande porte, tanto à noite quanto durante o dia, alerta de ponto cego e aviso de saída de faixa com interferência na direção a partir de 65 km/h até 200 km/h.

Tudo em um?

É fato que, às vezes, para se ter performance é preciso abrir mão do conforto, e para se ter economia tem de abrir mão da performance, mas o Volvo S60 T8 R-Design tem bom equilíbrio e reúne todas essas qualidades. O modelo acelera de 0 a 100 km em 4,4 segundos, digno de esportivo, conseguindo fazer até 19 km/l de gasolina, e de carro supereconômico. Além de ter uma central multimídia de 9”, praticamente um tablet, para comandar todas as funções do carro, ele ainda oferece Apple CarPlay e Android Auto, mas com conexão apenas via USB. O painel de instrumentos é digital de 12,3” e o sistema de áudio é Harman Kardon, com 13 alto-falantes e Subwoofer de 600 watts.

Impressões ao dirigir

Dirigir e avaliar carros premium não é uma tarefa fácil, pois estamos falando de um carro que parte de R$ 315 mil, hoje, a versão de “entrada” do sedã é essa, a R-Design. Fiquei surpreso com o Volvo S60, que deixou claro que as aparências enganam.  

O carro tem design único, mas, ao ser colocado ao lado dos concorrentes, ele acaba “sumindo”. Porém, ao dirigir, tudo muda, ele oferece muito conforto, mesmo com rodas 19” e pneus perfil baixo, fazendo até mesmo o motorista esquecer que está dirigindo um sedã.  

A marca é conhecida pela excelência em segurança e a maior fatia do mercado é por conta dos seus SUVs, mas ainda briga para ser reconhecida entre os sedãs.  

O S60 merece atenção especial, pois o seu desempenho é de esportivo, se o motorista assim quiser, mas é possível andar tranquilamente, fazendo mais de 19 km/l. Nossa melhor média não chegou nem perto disso, porque realmente é gostoso de acelerar o carro, que anda solto mesmo pesando pouco mais de 2 mil quilos.  

O motor 2.0 turbo tem 320 cv e 40,8 kgfm, já o motor elétrico possui 87 cv e 24,5 kgfm. A potência combinada é de 407 cv e 65,3 kgfm. Por ser um modelo híbrido, ele vem com o cabo para carregar a bateria na tomada 220v comum, sendo necessário apenas uma tomada industrial de 16 amperes, mas, se preferir, pode ser utilizado um WallBox, sistema que a montadora vende e que carrega totalmente a bateria em três horas. Se não quiser nem um nem outro, há a opção de carregar com o motor a combustão, opção que pode ser ativada pela multimídia, mas demora um pouco mais e consome combustível, de qualquer forma. Com a bateria carregada totalmente, a autonomia não é grande coisa, mas pode rodar cerca de 40 km.  

No entanto, nem tudo é “conto de fadas”, por exemplo, falta o carregador por indução e tomadas usb para quem vai no banco traseiro. Falando nisso, apesar de constar no documento que o veículo é para cinco passageiros, o ideal é andar com quatro pessoas, pois o assoalho é elevado, deixando desconfortável quem senta no meio.  

O sistema de direção semiautônoma é o ponto chave do carro e um dos mais confiáveis que já guiamos até hoje, pois funciona perfeitamente em vias bem sinalizadas, inclusive identificando as placas e as pessoas. Resumindo: o carro é surpreendente e com certeza vale o test-drive. Claro, os concorrentes não deixam barato, mas vale frisar que o Volvo é combinação rara de esportividade, luxo e eficiência.  



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