Com um total de 845 milhas – ou aproximados 1.360 km – percorridos, o Toyota Mirai entrou para o Livro dos Recordes (Guinness Book) como o carro que, até hoje, foi mais longe sem abastecer. O detalhe é que toda essa distância foi percorrida sem que nem um grama de carbono fosse emitida na atmosfera.
Isso porque o modelo é elétrico alimentado por uma célula de combustível (fuel cell, em inglês), utilizando gás hidrogênio para gerar a eletricidade que impulsiona seu motor de 184 cv de potência e 30,5 kgfm de torque.
Pode não ser muito para dar agilidade às quase duas toneladas do carro – que faz de 0 a 100 km/h e cerca de 9,5 segundos –, mas lhe garante ótima economia, com autonomia.
A viagem recordista aconteceu em agosto deste ano e foi feita em duas etapas de um dia cada, de 761 km e 598 km respectivamente. Ao volante, reversaram-se os pilotos Wayne Gerdes e Bob Winger, que partiram de Gardena, seguiram até Los Angeles, onde pernoitaram e, de lá, foram até San Diego; sempre em estradas da Califórnia.
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Embora não diga qual foi a velocidade média do carro durante o percurso, a Toyota divulgou que o consumo do veículo foi de 5,65 kg de hidrogênio, o que dá uma média de 152 milhas por galão, na medida americana – ou aproximadamente (e impressionantemente) 50 km por litro.
Do cano de descarga do Mirai tudo o que saiu durante a viagem foi vapor d’água, mas, segundo a montadora, um modelo movido com motor de combustão comum teria emitido o equivalente a 300 kg de CO2 para fazer o mesmo percurso.
Precursor
Atualmente em sua segunda geração, o Mirai foi o primeiro carro movido a hidrogênio lançado nos EUA, em 2016, e custa hoje a partir de 49,5 mil dólares (R$ 273.110 em conversão direta). Segundo o site americano da montadora, em condições normais ele tem uma autonomia de até 650 km.
Por enquanto, porém, esse tipo de modelo tem na pouca oferta de pontos de abastecimento o seu ponto fraco. Para isso, é preciso um equipamento que reabasteça os carros com o gás pressurizado, o que exige ainda mais procedimentos de segurança que no caso dos combustíveis líquidos.
Essas estações até existem em número razoável na Califórnia, mas são raras em outros locais do país, ao menos por enquanto.
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