Conforme a Mobiauto já revelou em primeira mão, os lojistas estão praticando uma espécie de “pré-pré-venda” do modelo, cobrando sinais de R$ 5.000 de interessados para colocá-los no topo da fila quando a marca enfim revelar o modelo e anunciar a série especial de lançamento.
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Esta será limitada a 1.200 unidades e será oferecida de maneira exclusiva na cor azul, oferecendo também mimos como soleiras nas portas, estribos laterais e uma bandeja interna no porta-malas.
Segundo alguns lojistas, o carregador de celular por indução (sem fio) será igualmente exclusivo desta edição, embora nossa reportagem entenda que o item estará presente na versão de topo, Altis Premium (ou XRX).
Aliás, quem nos acompanha já sabe quais serão as configurações oferecidas pelo SUV e o que ele terá a mais do que o irmão Corolla sedan, até mesmo para ajudar a justificar a faixa de preços superior (entre R$ 140.000 e R$ 190.000, enquanto o três-volumes está custando entre R$ 120.000 e R$ 160.000).
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O que alguns concessionários também já vêm declarando é o volume do porta-malas do Corolla Cross nacional: 440 litros. Só que na Tailândia, de onde o projeto é originado, a capacidade declarada é de 487 l.
Seria uma diferença no método de medição? Na verdade, não. O que determina o volume é a presença ou não de estepe, mesmo que temporário. Enquanto o bagageiro do Corolla Cross brasileiro terá o componente, o tailandês integra apenas um kit de reparo rápido. Por isso, ficamos com um porta-malas menor.
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Em comparação com o vindouro VW Taos, serão 58 litros a menos de capacidade. A boa notícia é que ele supera em 30 litros o volume do Jeep Compass, isto se o grupo Stellantis não revisar a medida quando lançar o facelift de seu SUV compacto-médio, algo previsto para acontecer logo na sequência da chegada do Corolla Cross, no começo de abril.
E olha que o representante da Toyota deve replicar no Brasil um truque já conhecido dos donos de VW T-Cross Highline. Um sistema que permite ajustar a anfulação do encosto lombar do banco traseiro em dois níveis, ampliando assim o espaço para malas.
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No caso do T-Cross, o dispositivo permite que o compartimento tenha seu volume incrementado de 373 para 420 litros. Duas pequenas hastes localizadas atrás do banco, em suas duas extremidades superiores, são responsáveis por alterar a angulação.
A lógica do Corolla Cross será parecida, mas com execução diferente. Haverá uma pequena barra fixada à carroceria do veículo. Quando o usuário destravar o encosto do banco para rebatê-lo, terá a opção de soltar o pino interno antes ou depois da barra. É o que vai determinar a angulação do encosto.
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A primeira questão é: o Corolla Cross nacional terá esse dispositivo, presente no SUV asiático? A segunda: se sim, os 440 litros valerão para qual angulação, a mais deitada ou a mais ereta? Nesta última hipótese, o seu bagageiro poderá ser na verdade menor que o dos dois rivais em modo padrão.
O Corolla Cross compartilha com o sedan não apenas o nome, mas também a plataforma modular TNGA-C e os motores – 2.0 flex de 177 cv, com injeção variável entre direta e indireta, aliado a um câmbio CVT com engrenagem de arrancadas e simulação de dez marchas; 1.8 híbrido flex de 123 cv, gerenciado por uma caixa transeixo que emula um CVT.
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Com 4.460 mm de comprimento, 1.825 mm de largura, 1.620 mm de altura e 2.640 de entre-eixos, ele foi desenvolvido na medida para brigar com Jeep Compass – que será renovado em abril – e VW Taos – este com chegada prevista para maio.
Apesar de usar a mesma matriz do Corolla sedan, o xará Cross terá 6 cm a menos de distância entre eixos, medida aproveitada do Corolla hatch vendido na América do Norte. Por fim, sua suspensão traseira é por eixo de torção, enquanto a do três-volumes é do tipo independente, mais sofisticada.
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