O campo fértil de crescimento envolve o transporte de carga, uma vez que o segmento de logística foi um dos que mais cresceram durante a pandemia. “Grandes companhias assumiram o compromisso da emissão de poluentes”, afirma. A Ambev, por exemplo, já opera com 1.500 elétricos em sua frota.
Os esforços na questão ambiental são tão grandes que a Eletra vem se dedicando também a fazer retrofit de caminhões, transformando a motorização deles de diesel para elétrica. “São veículos pequenos, de 3,5 toneladas de carga até os de 54”, afirma. Mas são caminhões que trabalham dentro de empresas, como as mineradoras, ou que fazem o transporte urbano. “Não faz sentido, ao menos por enquanto, um caminhão elétrico viajar do Rio Grande do Sul ao Ceará”, completa.
Para Ieda de Oliveira, o maior benefício é atingir a meta de zero emissão. A conta chama atenção: um ônibus despeja, na atmosfera, 2,64 quilos de CO2 a cada litro de diesel consumido. Em média, cada ônibus roda 200 quilômetros por dia, na cidade, gastando, aproximadamente, 1,4 km/l de diesel. Ou seja, diariamente, cada veículo joga no ar quase 377 quilos de CO2.
Além do ar mais limpo, a eletrificação dos ônibus traz benefícios adjacentes, segundo Oliveira. “Quase não existe ruído nas ruas, proporcionando uma sensação de bem-estar; os veículos elétricos preservam o patrimônio histórico, porque tiram o material particulado da atmosfera, que destrói as edificações; e aumenta o conforto dos passageiros, pois a velocidade e a frenagem são mais estáveis”, enumera.