Como adaptar a casa para carro elétrico: tudo o que você precisa saber (Foto: Getty Images/Tetra images RF)

Como adaptar a casa para carro elétrico: tudo o que você precisa saber

Utilizar tecnologias que beneficiam o meio ambiente está se tornando cada vez mais uma prioridade das pessoas e das marcas. No setor automotivo, os carros elétricos são uma prova disso. Embora a frota destes veículos ainda seja pequena no Brasil, as vendas continuam crescendo. Conforme os dados divulgados pela Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), a expectativa é que o número de veículos elétricos vendidos neste ano seja 60% superior ao resultado registrado no ano passado e três vezes maior em comparação com 2018. Mesmo com a alta, ainda existem muitas dúvidas acerca destes automóveis, sendo uma delas: como adaptar a casa para carros elétricos?

A frota de carros elétricos no Brasil ainda é de cerca de 41 mil automóveis, conforme o estudo divulgado pela ABVE. Entretanto, em outros locais do mundo, como nos países europeus, por exemplo, a realidade já é bastante diferente. Somente na Europa, mais de 1 milhão de carros elétricos e híbridos já estão em circulação.

Os benefícios desta transição da combustão para o elétrico são inúmeros, tanto para o meio ambiente, quanto para os condutores. De acordo com o gerente de produtos da Jaguar Brasil, Thiago Marques, os veículos elétricos não emitem poluentes na atmosfera. O novo modelo elétrico da marca, Jaguar I-PACE, por exemplo, foi premiado nas categorias de Carro do Ano, Design do Ano e World Green Car, que reconhece os veículos ecologicamente corretos, do World Car Award, considerado o maior prêmio global da indústria automotiva.

Como adaptar a casa para carro elétrico: tudo o que você precisa saber (Foto:  )

Jaguar I-PACE 

Além reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa, os carros elétricos também são mais confortáveis para dirigir, silenciosos e, ao contrário do que muitas pessoas pensam, econômicos. “Um carro elétrico traduz o que cada montadora tem de melhor em seu portfólio de tecnologia”, explica Marques.

Outro ponto positivo é que os carros elétricos não demandam uma estrutura tão complexa para que possam ser carregados em casa. Assim, reunimos tudo o que você precisa saber para adaptar o seu lar para estes veículos. Confira!

O que é necessário para carregar carros elétricos em casa?

De acordo com a arquiteta Luizette Davini, do Studio Davini Castro, o primeiro passo para conseguir carregar o seu automóvel em casa é levar um ponto de energia aterrado para o estacionamento onde o veículo será carregado. Segundo ela, com uma tomada aterrada de 110 V ou de 220 V já é possível carregar o automóvel, embora o tempo para completar a carga possa ser longo.

Outra opção mais prática e rápida, além de utilizar as tomadas tradicionais, é optar por um wallbox, como são chamados os carregadores próprios para carros elétricos que são disponibilizados pelos fabricantes. Estes aparelhos costumam ser pequenos, fáceis de transportar e podem ser instalados por profissionais recomendados pela própria montadora. 

E nos apartamentos?

Para quem vive em apartamentos, carregar os veículos elétricos pode parecer uma tarefa um pouco mais complicada, principalmente em termos de estrutura. Contudo, existem algumas opções que podem ser utilizadas nestes casos. A primeira delas, de acordo com a arquiteta, é a criação de uma estação compartilhada para recargas de veículos elétricos, com cobrança feita diretamente aos usuários. A medida já é adotada em diversos condomínios no Brasil e no mundo, além de ser utilizada também em locais públicos.

electric suv of the future charging electricity with public charger (Foto: Getty Images/iStockphoto)

Outra opção, de acordo com o gerente de produtos da Jaguar, é solicitar ao condomínio uma linha exclusiva do ponto de energia do quadro elétrico do prédio até a sua vaga. Com isso, você conseguirá carregar o veículo de forma segura e muito semelhante ao que ocorre nas garagens dentro das casas.

Quais são os cuidados que devemos ter?

Um dos principais cuidados que serve tanto para as casas, quanto para os apartamentos, é destinar um circuito exclusivo da rede elétrica para o carregamento do veículo. De acordo com Marques, é aconselhado realizar este processo com um fornecedor homologado pela montadora do automóvel, visto que o profissional poderá analisar o sistema elétrico e fazer a instalação de forma mais segura, conforme as demandas de cada carro.

Além disso, de acordo com a arquiteta, é fundamental ter a certificação em relação ao desempenho, segurança e ruído eletromagnético do carregador. Já que a central de carregamento também pode ser instalada em áreas descobertas, é fundamental checar ainda se a tomada e o carregador são à prova de intempéries e variações climáticas, como determinam os padrões internacionais.

Meus custos vão aumentar muito?

Em um primeiro momento, os custos para realizar a instalação e a adaptação do sistema elétrico para carregar o automóvel podem ser um pouco altos. No entanto, a mudança pode valer bastante a pena no futuro. Isso porque, de acordo com Marques, é fundamental considerar o quanto você gasta com energia elétrica e quais são seus custos com combustível para compreender os gastos com um carro elétrico.

Electric car charging station around Crouch End area on London street (Foto: Getty Images/iStockphoto)

Postos públicos de carregamento para carros elétricos

Segundo ele, o custo para uma recarga é muito baixo quando comparado com um veículo tradicional. Para fazer este cálculo, basta multiplicar o custo da eletricidade em kWh pelo tamanho da bateria. Em São Paulo, o custo para fazer uma carga completa do Jaguar I-PACE, por exemplo, que possui autonomia de até 470 km, gira em torno de R$ 70 a R$ 80 reais. “Só esse comparativo já dá para mostrar o quão forte é o benefício quando comparado com um veículo a combustão”, explica o gerente de produtos.

Uma dica para tornar estes custos ainda menores, de acordo com Davini, é optar por um sistema de energia solar em casa para carregar o automóvel. “Há um investimento inicial mais alto, mas que é pago com o tempo de utilização”, explica a arquiteta.



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