“Uber da gasolina” se reinventa para sobreviver à era do carro elétrico
Fundada em 2015, a Yoshi já está presente em 14 estados americanos e, mesmo com o avanço dos veículos elétricos, quer se manter relevante ao oferecer serviços como lavagem de carros, troca de para-brisa, calibragem de pneu e mais. Ideia atraiu investidores como a GM e o astro de basquete Kevin Durant
Na trilha do impacto do Uber no setor de transportes, o termo “uberização” ganhou estrada e se tornou referência para batizar as disrupções em qualquer segmento da economia. E agora, chegou aos postos da gasolina.
Fundada em 2015 por Bryan Frist, Dan Hunter e Nick Alexander, a startup Yoshi, de São Francisco (EUA), promete comodidade ao entregar combustível na casa, no trabalho ou em qualquer outro local escolhido pelo consumidor.
Presente em 20 cidades de 14 estados americanos, como Boston, Los Angeles, Chicago e Atlanta, a companhia levantou US$ 38,8 milhões em investimentos desde seu lançamento. O astro do basquete Kevin Durant e o ex-jogador de futebol americano Joe Montana são alguns dos que apostaram na empresa, que contou ainda com o aporte de gigantes como General Motors e ExxonMobil.
Para usufruir do serviço, o usuário precisa apenas fazer o download do aplicativo da Yoshi, preencher um formulário com seus dados e do veículo, e optar entre o plano mensal (US$ 20/mês) e anual (US$ 16/mês).
Toda a interação entre empresa e usuários acontece pelo app. É por ali, por exemplo, que um cliente indica o local, o dia e o horário que gostaria de abastecer seu veículo. As solicitações devem ser feitas com até 4 horas de antecedência, para que a novata consiga coordenar sua logística, levando em consideração o trânsito, as condições climáticas e outras variáveis.
Os usuários não precisam acompanhar presencialmente nenhuma etapa do processo, a não ser que o modelo do carro tenha alguma especificação que exija a participação do proprietário. Caso contrário, basta deixar destravada a portinhola que protege o tanque de gasolina do veículo e o técnico da Yoshi se encaminha do resto.
O valor do combustível flutua de acordo com o local de abastecimento. A plataforma mostra ao cliente a variação nos postos que operam em um raio de até 3,2 km daquele ponto. E define o preço do serviço de acordo com a cifra mais barata cobrada nesses locais.
Tal qual o Uber, o pagamento é feito por cartão de crédito. Ao completar o serviço, o técnico da Yoshi manda pelo sistema uma foto do carro. juntamente com o recibo de compra.
Para ampliar suas fontes de receita e diversificar o seu negócio, especialmente sob a perspectiva de avanço dos carros elétricos, a startup incorporou mais opções a esse portfólio. Entre elas, lavagem de carro, troca de óleo, checagem de pneu e troca de fluídos.
Nesse pacote, o preço cobrado varia de acordo com o carro, a cidade e o histórico do cliente. O leque inclui ainda uma abordagem personalizada. Pelo app, a companhia lembra seus clientes que está na hora de trocar o pneu, o óleo ou o para-brisa, entre outros alertas de prevenção.
A Yoshi também mantém um braço para atender clientes corporativos. Empresas com uma grande frota de veículos, como locadoras e revendedoras de automóveis, por exemplo, podem economizar tempo e dinheiro ao ter seus carros abastecidos no próprio pátio.
O faturamento da Yoshi vem das mensalidades e da venda do combustível. Como em postos de gasolina, a empresa compra o produto por um preço abaixo do mercado, e lucra ao revendê-lo aos seus clientes. Até o momento, no entanto, a oferta está restrita à gasolina comum e premium.
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