Em 2019, as vendas de veículos elétricos cresceram no Brasil.
Nesta fábrica, todos os motores são elétricos e as baterias representam o tanque de combustível. Depois de cinco anos no Brasil, a montadora está comemorando a maior venda mensal da América Latina: 150 veículos elétricos. Para o próximo ano, a expectativa é que as vendas aumentem até dez vezes.
“Nossa expectativa é sair de 300 pra cerca de 500 funcionários no meio de 2020”, conta Adalberto Maluf, diretor de sustentabilidade.
O aumento na venda de veículos elétricos está ligado a um novo modelo de negócios. As empresas oferecem um pacote com aluguel, manutenção e a energia que é produzida em locais onde a luz solar é transformada em eletricidade e pode ser usada em qualquer lugar do país.
“A rentabilidade da segunda operação, que é a parte de locação de veículos, a gente tem uma aplicação, na ordem de 10%, se analisarmos a operação como um todo”, conta Ricardo Costa, presidente de empresa.
Esta outra empresa entrega 1,2 milhão de refeições por dia em quase 250 cidades e está usando uma van elétrica como teste. “São mais de 100 quilômetros rodados diariamente, que nos proporcionam chegar e algumas conclusões iniciais. Custo de manutenção muito menor, custo do quilômetro rodado 80 a 90% menor”, fala Antonio Valini, gerente de marketing.
Além do retorno financeiro, o uso de energia limpa ajuda a preservar o meio ambiente. Cada ônibus ou caminhão de lixo, por exemplo, deixa de jogar na atmosfera, por mês, de 14 a 20 toneladas de gases que agravam o efeito estufa.
Em Salto, no interior de São Paulo, toda a frota de coleta de lixo é elétrica. “Hoje nós temos um custo operacional desse caminhão 60 a 65% menor do que o custo de operação dos caminhões a diesel. Isso leva o projeto a ter o retorno em sete anos”, explica o gestor operacional Luis Paulo Vargas.
Na última década, foram vendidos cerca de 20 mil veículos elétricos e híbridos, que são aqueles com dois motores: um tradicional e outro elétrico. A previsão é esse número dobre no ano que vem.
“O desafio, obviamente, é fazer novos investimentos e capacitar essa indústria, não só pra produzir, mas também pra fazer a manutenção e o pós-venda destes novos serviços”, afirma Thiago Sugahara, vice-presidente da Associação Brasileira de Veículos Elétricos.