Um mês atrás, a Volkswagen confirmava a chegada dos elétricos ID.3 e ID.4 ao solo brasileiro, mas exclusivamente para testes por enquanto – o que ainda não mudou, mas pudemos conhecer os carros mais de perto antes que eles sejam uma realidade por aqui, provavelmente já em 2022.

Os dois modelos, equivalentes de um hatch médio e de um SUV médio, são dois dos produtos já existentes em cima da plataforma modular para carros elétricos da marca, a MEB.

  • O UOL Carros agora está no TikTok! Acompanhe vídeos divertidos, lançamentos e curiosidades sobre o universo automotivo.

Os exemplares que chegaram ao Brasil são de uma versão que não existe mais, a de lançamento na Europa, a First Edition. À exceção dos logos especiais, os carros são essencialmente os que devem vir para cá, tanto em termos de acabamento quanto de equipamentos.

A Volkswagen optou pelo mesmo conjunto mecânico para os dois modelos: motor elétrico e tração traseiros. A potência é de 204 cv e o torque 31,6 mkgf. A transmissão é automática de uma marcha, mas tem relação final de diferencial diferente: 11.530 e 12.976.

A velocidade máxima de ambos é limitada eletronicamente a 160 km/h, enquanto a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 7,3 segundos pelo ID.3 e em 8,5 segundos pelo ID.4, segundo a Volkswagen.

A diferença entre os dois modelos está na capacidade da bateria de íons de lítio. Para o ID.3 é de 58 kWh enquanto para o ID.4 tem 77 kWh, na prática isso altera a autonomia dos modelos que são de 426 km e 522 km, respectivamente. Claro, esse valor na melhor condução possível.

Exterior

Por fora, os carros têm um design completamente novo. São poucas as correlações possíveis de encontrar com os carros a combustão da marca, a “grade” iluminada por LEDs ligando os dois faróis, que no Brasil está presente no Taos, e o novo emblema da companhia talvez seja os únicos.

Os ID.3 e ID.4 não têm frisos e cromados pela carroceria. Além de criar mais arrasto na carroceria, o que diminui a autonomia do carro elétrico, a empresa adotou os LEDs com seus equivalentes.

Na traseira, as lanternas de LEDs também oferecem uma assinatura diferenciada como parte da composição do design e da personalidade dos elétricos da família ID.

Os desenhos pouco convencionais das rodas de liga leve de 20″ no ID.3 e 21″ no ID.4, também fazem parte da funcionalidade. Elas foram desenvolvidas de forma a também reduzir o arrasto aerodinâmico, como ocorre com a ausência de cromados.

Interior

A principal mudança que se enxerga no interior dos elétricos é o design minimalista, que segue o conceito do exterior. Não há cromados, nem frisos, mas há LEDs que correm as portas e o centro do painel marcando as proporções.

As cores podem ser alteradas separadamente para cada ponto, ou é possível escolher entre cores pré-selecionadas e associadas a sensações/temperamentos, que podem deixar o ambiente com aspecto mais calmo, enérgico ou agressivo.

Há poucos botões e toques de criatividade que nos fazem considerar “por que não pensei nisso antes?” pela cabine. Por exemplo, na porta do motorista há apenas dois botões de comando de vidros.

Há um botão tátil (não físico) que, ao ser acionado, troca o controle dos botões para os vidros traseiros, reduzindo a quantidade de botões e deixando o interior menos poluído visualmente.

O mesmo ocorre no painel onde todos os comandos ficaram associados a central multimídia, de 10″ no ID.3 e de 12″ no ID.4. Tudo é possível fazer por ali, além de contar com comandos de voz que acionam funções como ar, rádio, entre outros ao dizer “Ei, ID!”.

Em termos de acabamento, dessa vez não dá para reclamar da Volkswagen, que peca na maioria dos carros nesse sentido. O acabamento é básico, sem excessos, mas de boa qualidade até com soft touch, aquele emborrachado mais macio, no painel.

O espaço interno é mais que suficiente nos dois modelos e conta com a praticidade de não ter túnel central, por exemplo, para oferecer todo espaço aos ocupantes do banco traseiro.

Apesar das dimensões externas serem comparáveis a de outros carros da marca, como Golf e Tiguan, por dentro, com os ganhos do uso da propulsão elétrica, são consideráveis.

Reduzir os balanços e “empurrar” o carro para as extremidades, ter as baterias alojadas no assoalho e não precisar “roubar” espaço para motor ou tanque de combustível também contam na hora de aumentar as possibilidades.

Mas afinal, os carros vêm?

A Volkswagen não confirma, mas a prática é recorrente da companhia, foi assim com o Golf GTE, que é híbrido. Antes de colocar esses carros na rua ou anunciá-los, a empresa vai preparar a estrutura.

Isso inclui treinamento da engenharia, capacitação da rede de concessionárias, desenvolvimento do plano de negócios – que inclui a escolha por quais praças poderão vender os carros – e ampliação da rede de carregadores que começou em 2020 em conjunto com Audi e Porsche.

E por último e não menos importante, a definição de preços. Na Alemanha, o ID.3 parte de 35.460 euros. Na cotação atual e com conversão direta, sem impostos, dá cerca de R$ 230 mil. Já o ID.4 parte de 37.415 euros. Nas mesmas condições, ele custaria na casa de 240 mil.

Quer ler mais sobre o mundo automotivo e conversar com a gente a respeito? Participe do nosso grupo no Facebook! Um lugar para discussão, informação e troca de experiências entre os amantes de carros. Você também pode acompanhar a nossa cobertura no Instagram de UOL Carros



LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here