retorno às aulas no Brasil durante e após a pandemia.” data-reactid=”32″>Acabar com a aglomeração na saída de escolas, diminuir o fluxo das atividades em papel entre professores e alunos e digitalizar a comunicação. Essas são apenas algumas das inovações que estão surgindo no horizonte de escolas, faculdades e cursos presenciais que começam a se preparar para o retorno às aulas no Brasil durante e após a pandemia.
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Ainda há uma indefinição em todo o país sobre o momento certo para voltar com as atividades presenciais na sala de aula. Manaus foi a primeira capital a voltar com a educação com lousa, lápis, papel e colegas lado a lado. Rio de Janeiro e São Paulo tentam alinhar o retorno às salas com cidades, mas o impasse continua pelos dois estados.
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Seja este ano ou em 2021, a tecnologia será uma aliada para facilitar os novos processos e evitar que a reinfecção aconteça antes da vacina.
Para o pedagogo Luís Ribeiro, é preciso tomar cuidado para não aumentar as diferenças entre ensino público e privado.“Vamos viver um novo momento, com mais tecnologia, mas só no ensino privado”, afirma. “O ensino público ficou à deriva. Não conseguiam nem ver aula pela TV. Espero que as edtechs, quem sabe, cheguem mais fundo nesse problema”.
Uma das startups que estão focadas neste retorno às aulas é a Filho Sem Fila, plataforma que agiliza o embarque e desembarque dos alunos e evita aglomerações. O sistema permite que escolas organizem o fluxo de saída de alunos.
Nela, pais de alunos avisam a escola que estão por perto. A escola, assim, tem acesso à fotos e documentos dos responsáveis e agiliza o deslocamento do estudante. A empresa garante uma redução de 75% na fila de carros à espera.
Com essa premissa, a startup já está em 260 escolas e em quatro países. São mais de 60 mil crianças atendidas e mais de 140 mil pais ou responsáveis cadastrados na plataforma.
Para o momento da retomada das aulas, Leo Gmeiner, fundador da startup, já faz novos planos. “Alunos mais velhos e pais vão preencher sintomas antes de ir para a aula, entregando as informações para a escola em tempo real”, adianta o empreendedor. “Também criamos uma solução que informa a escola se o aluno vem de carro ou a pé pra organizar também a entrada da aula”.
Esqueça folhas de sulfite ou qualquer outro item que tenha contato com mais de uma pessoa. A startup Agenda.Edu, por exemplo, troca a famosa “agenda de recados” por uma plataforma digital. No app, é possível enviar recados, adicionar lembretes, atualizar o status de saúde do aluno, fazer cobranças e até transmissão de aulas ou atividades.
Depois de altos e baixos na quarentena, com um caixa no limite, demissões e alguns sustos, a empresa olha com confiança para um futuro digital. “A retomada das aulas ainda é incerto”, diz Anderson Morais, CEO da Agenda.Edu. “Mas evidenciaram a importância da tecnologia nas aulas. A escola que fechou as portas em março não será a mesma agora”.
Além disso, para Morais, há uma ressignificação do espaço da escola e para a presença de pais e responsáveis no processo. “Vão simplificar jornadas, vão trazer novos conteúdos e vão buscar meios de que a educação aconteça em qualquer lugar”, afirma o executivo. “O ideal é um ensino híbrido, que talvez possa se tornar uma realidade maior no futuro”.
A ideia de unir aulas presenciais e virtuais é bastante difundida no meio. A startup Desenrolado se propõe a entregar conteúdos digitais para os alunos, para realização de videoaulas ou atividades. É uma espécie de complemento ao material pedagógico, que facilita a transição de atividades. Hoje, são mais de 500 mil alunos impactados com os conteúdos.
“O período de ensino remoto, apesar de não-planejado, trouxe aprendizados”, afirma o CEO Igor Pelúcio. “Dentre as tendências que se aproximaram, o ensino híbrido é uma delas. Nosso papel é auxiliar os sistemas de ensino e editoras que desejam ofertar objetos digitais de aprendizagem capazes de ensinar e, principalmente, engajar os alunos e, com isso, contribuir para que a jornada do aluno seja completa e com todos os subsídios necessários.”
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