O novo Wuling Hong Guang MINI é o maior expoente de um novo segmento que tem se destacado na indústria automotiva chinesa: carros pequenos, básicos e baratos. O modelo não tem airbags, possui ar-condicionado como opcional e tem uma autonomia de apenas 200 km por conta de uma bateria menor.
Mesmo assim, o carro – lançado em julho – vendeu 15 mil unidades até agosto, se tornando o veículo elétrico mais vendido do mês na China, à frente do Model 3 da Tesla.
O preço também ajuda: o carro parte de 28.800 renminbis (aproximadamente R$ 23.495), sendo – em sua versão mais básica – o mais barato do país. O Model 3 é vendido por pouco menos de dez vezes o custo do modelo.
Entretanto, pode ser que o Wuling Hong Guang MINI não tenha vida longa, já que em 2019 o governo chinês cortou subsídios para carros elétricos com pouca autonomia de energia. Porém, algo joga a seu favor: o maior interesse no veículo do lado da montadora é a geração de créditos verdes, que podem ser usados para compensar créditos negativos de marcas com linhas de SUVs maiores como Buick, Chevrolet e Cadillac.
“Vender micro elétricos na China faz mais sentido este ano”, disse um oficial de planejamento de produto de uma marca rival da GM à agência Reuters.
“Os subsídios tornaram-se um fator menos importante de precificação, pois o governo já cortou muito, enquanto os créditos verdes devem ficar mais caros”.
A GM espera que elétricos representem mais de 40% de seus novos lançamentos na China nos próximos cinco anos.